Powered By Blogger

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

NA MANHA DO GATO.

Dia 2398 do meu cativeiro.
Sou Araponga um felino jovem, alaranjado e bem gordinho, primo terceiro do Garfild e o resto virou viagem. Se vc estiver lendo isso agora amigo leitor, é porque morto eu já estou, mais borá, simborá fazer história.
Meus sequestradores continuam a me provocar com objetos bizarros pendurados em cordas. Eles se alimentam de carne fresca e caviar, enquanto biscoitos com sabores similares eu tenho que mastigar. Ainda que eu odeio essa ração eu tenho que comer para me manter forte. A unica coisa que me mantém vivo é a certeza que um dia conseguirei escapar. Numa tentativa frustante vomitei o tapete na esperança de enojá-los, não arrumei nada. Matei um rato e joguei a cabeça dele aos pés do meus sequestradores, achei que com isso teria um pouco de respeito e chamaria a atenção deles para com as minhas habilidades. Mais o que ouvi foi: " Bom caçador...parabéns Araponga". Desgraçados. Ouve uma espécie de reunião com os comparsas, enquanto eu era colocado na solitária. Ouvi barulhos e senti o cheiro de comida. Meu confinamento se originou por conta de uma alergia, por isso preciso saber o que é isso pra usar a meu favor.
Hoje também quase obtive sucesso em assassinar um dos meus confinantes, se enrolado em seus pés enquanto ele tentava dar um passos pra sair. Preciso tentar fazer isso amanhã próximo as escadas. Existe mais algumas vítimas...um idiota de um cachorro que tem privilégios; ele ´tem saidinha e não fica frustado, eu é que fico quando ele volta pra cá. Retardado total.  Um pássaro deve ser o informante, pois se comunica com os sequestradores diariamente. Tenho certeza que relata cada movimento meu. Meus captores o colocaram em custódia especial numa cela elevada, então ele está a salvo por enquanto. Um peixe deve ser o vigia, fica pra lá e pra cá me observando e parece que esta tentando me falar alguma coisa, pois não para de abrir e fechar a boca. Não consigo ouvi-lo talvez por estar em uma cela especial embutida na parede, impenetrável pra mim. Sorte, muita sorte mesmo. Bem vou dormir e mais a noitinha eu elaboro um novo plano de fuga. Vou na manha, não quero despertar desconfianças dos meus captores.Mais se eu não conseguir deixo aqui este meu possível ultimo relato. Sem mais, Araponga.

Nenhum comentário:

Postar um comentário